quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Do (in)esquecimento

 Pois eu vou sair por aí
 E te afogar em cada copo cheio
 De cada bar
 Por qualquer canto dessa cidade
 E a cada gole
 Me lembrar
 De que todo o amor de ontem
 Hoje se fez combustível para odiar

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Últimos versos sobre tais olhos claros

Efêmera é a vida
assim você me dizia
enquanto tentava escapar
do que era mais pura forma de viver a vida
talvez apenas por se prender a pequena parcela vivida
não era tão claro quanto o dia
mas naqueles fins de tarde
do castanho dos seus olhos
sempre a mesma solidão se refletia
e eu sempre estive lá...
para fingir que não via.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

IMPREVISÍVELMENTE PREVISÍVEL
 Arde
Mais que ferro em brasa que atravessa a pele
Fere
Feito pele suturada distante da cicatrização
Perturba
Como insônia que invade madrugada  adentro
Some
Feito chuva que não molha o chão
Reaparece
Como aquele objeto que acreditava se para sempre perdido
Somei os elementos
Senti a conjugação de tais verbos
Não necessariamente na ordem descrita
Mas sempre fora do tempo e  longe do espaço
Para sempre...
Passos em descompasso.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

No encalço do tempo

Apaixona te!
Abandona te!
E quanto à sorte?
Ora,deixe estar!
Despropósito

Ele disse que estava em paz
Pois tinha Deus no coração
Então eu lhe disse que Deus
Era apenas um dos tantos estados cultivados pelo seu próprio espírito
Ele não sabia existir por si só
Eu de súbito arranquei lhe as muletas
Agora lhe peço perdão
Não foi minha intenção
Eu nunca quis lhe ver beijar o chão...

domingo, 28 de julho de 2013

Enlatada e emplastificada

Natureza transformada em plástico
Exposta entre artifícios e artificiais produzidos pela insana praticidade comum do século XXI
Morta de cores
Mecanicamente desprovida de gosto
Nunca se soube ao certo o seu sabor
Para consumir seu dissabor(pasmem!se consome),identifique o código de barras
Esqueça as arvóres nos quintais
Procure nas prateleiras de supermercados
O acesso não é livre e nem de graça
Mas você pode pagar com cartão de crédito.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Falso (Des)apego?

Sei que não aceita
Me desmente mas me rejeita
Vem e pega o que é teu!
Desconsidere o que por ventura lhe desmereceu
Vem e pega o que é teu!
Esse meu amor errado
Descompromissado
Amarrotado
Descontrolado
Descabido
Descamisado
Descompassado
Despudorado
Finge que esqueceu
Aquelas tantas horas
Em que fúrias de tesão mais pingos de ternura
Somavam você e eu.