quase vertigem

risos soltos

bola a rolar

na calmaria da correria

conversas entrecortadas

pelos refrões das palavras cantadas.

vou cantando os minutos

da hora a passar.

das janelas integro a paisagem

eu fico...

mas tudo em volta está só de passagem.

djavu

o passado passou

mau passado

mau vivido

mau contado

e pela história

mal contada

entrelaçada e desalinhada

tanta história foi passada

e o que poderia ter sido

nunca será.

os ses,poréns e por quês

só ao tempo caberá

pois o que não foi nunca será.

19

E da pureza fez se singela beleza.

muitos mistérios nascem entre as

voltas que o mundo dá.

não estranhe,pode parecer

que continua no mesmo lugar.

sim,podemos nos permitir

a loucura é o inverso.

há verso no teu olhar...

e tanta vida,dispensa o decifrar.

MERDA!

os trovões quebram o silêncio

enquanto a chuva cai

e os relâmpagos iluminam o

marasmo da rua

os carros passam e

as histórias seguem seu fluxo

natural ou não.

mil histórias para cada endereço

e o espetáculo não tem seus quinze

minutos de intervalo

a vida continua

alguns interpretam

outros não

estamos no mesmo grande palco

por vezes nos sentimos expectadores alheios

pena mesmo não podermos apreciar

nossas performaces

parar o espetáculo

fechar a cortina

voltar às coxias

reensaiar e reestrear nossos dramas.

FIM SEM COMEÇO

mil voltas o mundo deu

tantas vezes sem querer

e outras sem perceber

nossos mundos se esbarraram.

algo devia ser dito ou feito

mas a coragem se acovardou

encorajada pelo medo.

medo de sentir

queríamos apenas viver

e não sentir e viver.

tanta vida disperdiçada

diante da indiferença aos sentimentos

e entre tantas fugas,por fim a insatisfação.